À noite

À noite, Vestimos nossa máscara
À noite, Um verso ritmado, Estrofe inquebrantável De versos todos quebrados, Em uma elegia à noite
Ao clarão do luar, Seus olhos brilham Ao soar de uma bela melodia Entoada de uma só vez A "opus" 15 de Schumann
Ao clarão da lua, Caminho pela noite esperando seu açoite que me vem na forma suave
Seu beijo sedutor é uma transfusão sanguínea da qual meus lábios quedam e se acariciam
Seu sadismo funde-se ao meu masoquismo e somos Um perante o Universo:
Um petrificado, Um que me contém, Apenas Um! Sozinho Pela sedução de uma noite solitária. Estar contigo
Desabrochou-me a flor sanguínea que saiu de seus lábios, chafurdou-se do meu sangue e me desvitalizou ao pó.
Sou agora acordes cortados
Em meio ao seu mais lindo arpegio,
Um barroco em versos românticos.