Decantação da Morte

Eu sou o flanar silente,
Deixo - te ébrio em desventura.
Sou o seu brado algente,
Amortalhado na lágrima da agrura.
No silamento do seu pensar,
Eu segredo o debalde porvir flavo.
No cingir do seu tetro cismar,
Deixo no seu ermo ínfimo, alento!
Desvelo no feral luto,
O epílogo do seu sofrimento.
Levo lufadas ao Dédalo do seu lamento,
Deito - me sob granito...
Anelo nesse catre álgido de dolência,
Oscular o seu flébil íntimo.
No esmaecer onírico da deletéria matéria,
Eu abarco o último eflúvio do seu tempo.